domingo, 21 de fevereiro de 2010

-agora não digo nada, porque as minhas palavras estão permanentemente esquecidas, o som delas já não se recorda e as suas marcas estão demasiado gastas para se notarem.
-agora o mundo parou, e a minha presença desparece, tal como as minhas palavras.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010




E se o sol se apagasse e as gotas da chuva te envolvessem como praga, da qual nao te queres separar? E quando sentires que alguém te despresa, apesar de saberes que te ama, e que depois ficarão juntos?


- Não deixes que a vida te consuma, tu deverás consumi-la, e apaixonar-te por cada momento seu..

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2010


A luz. Aquele sinal que nos guia, nos mostra o caminho. É a presença dos seres ausentes, é o que nos aquece, acolendo-nos em si e mantendo-nos dela. Ela, a luz, que simboliza a vida, a esperança de dias passados e presentes. A luz errada que pensamos levar á salvação, é a luz que ambicionamos, por ser mais fácil, por estar acesa mesmo acima das nossas cabeças. A verdadeira luz encontro-a debaixo dos meus pés, É aquela que se ergue das sombras. Aquela que vence e cresce conosco. É a fé de uma vida que nos ensina que a felicidade está escondida um pouco por todas as criaturas. A luz, ajuda-nos a erguer a cabeça quando se caminha nas trevas e dá-nos a visão do mundo lá fora. Possibilita á escolha, e quando em desespero, ela está sempre lá. Mesmo que não a queiras ver, ela encaminha-te ao céu, Agora, fecho os olhos e os meus pensamentos estão condicionados a esta luz. Este fogo que arde, que me queima a pele. Que quando sonho, se transforma em vento, e me consome. Alimenta-se de mim, do meu corpo, da minha mente e do meu espírito. Assim, vivo para ti. Aparece ao abrir dos meus olhos, incendeia-me e mostra que tudo valeu a pena. Mostra que estás ao meu lado e não abaixo de mim. Um dia, a Tua voz cha,ou por mim, e agora peço-Te, Vem. E chama-me de novo a Ti...

sábado, 23 de janeiro de 2010

(O.K.)


Hoje, como tantas outras vezes, aqui estou eu. Sentada no meu canto, escrevo, lembro e relembro aquilo que me faz infeliz. O percurso da vida é como mergulhar num poço sem fundo, deixando-nos levar por tudo aquilo que nos faz descer. (...) só de tentar que ouçam o som da minha voz, que abafado pelos vossos olhares e expressões, deixa de existir. Mas a voz predominará, e o que sai de mim voltará a mim de alguma forma. Entretanto (...) tento apagar. Mas estou presa e não tenho capacidade de soprar com mais força, e a chama da vela que me queima, horroriza e me destrói, continua cada vez mais acesa. Tornando-me prisioneira de um Inferno tão único, que nem as suas próprias chamas conseguem consumir. E agora, chove lá fora, a fogueira está cá dentro. Sinto cada pedaço meu desfazer-se, e em pouco tempo o meu corpo desaparecerá, e será como se nunca tivesse existido. Mas quer queiram quer não, a minha mente e alma permanecerão intactas e únicas, acreditando e lutando por aquilo que são e não por aquilo que vocês queriam que fossem. Porque eu sou eu, não sou mais ninguém.



(20.Outubro.2009)